
Todo ano, nos primeiros dias de fevereiro, ocorre o Carnaval do Uruguai. Apesar de paixão nacional por lá, a festa concentra-se na capital, Montevidéu. Assim como o carnaval brasileiro, o uruguaio é uma festa de matriz africana.
Milhares de pessoas fantasiadas inundam as ruas e dançam ao som de tambores, que tocam o ritmo africano Candombe. Os sons servem para reunir as pessoas e convocá-las à celebração. Para isso, os tambores obedecem a um sistema de chamadas e respostas que funciona como código sonoro. Nele, os fraseados rítmicos formam vínculos entre os bairros e um sinal distintivo de sua identidade. Essas são as Chamadas (Las Llamadas), em que procissões de tambores percorrem a cidade, comunicando-se entre si e agregando cada vez mais foliões.
Cultivado no seio das famílias de ascendência africana, o Candombe não é apenas expressão de resistência cultural, mas uma celebração musical e prática social coletiva profundamente enraizada nos bairros Sul e Palermo, na capital uruguaia.
O documentário tem como direção Pablo Abdala e produção da Televisón Nacional Uruguay (TNU). O vídeo pode ser visto no site do projeto Expresso Sul, na TV Brasil.
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