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Pesquisa • 18/02/2017 - 12:00 • Atualizado em: 18/02/2017 - 12:38

Com medo da violência, 56,2% dos recifenses não pretendem brincar o carnaval

Os que vão brincar o carnaval somam 38,7%. Entretanto, 65,9% desses também têm medo de atos de violência

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Por Giselly Santos
 
Apesar de ser um dos mais populares do país, o Carnaval de Pernambuco deve sofrer uma baixa no quantitativo de foliões este ano. É o que aponta um levantamento feito pelo Instituto de Pesquisas Uninassau, encomendado pelo LeiaJá em parceria com o Jornal do Commércio, divulgado neste sábado (18). A uma semana do início oficial da festa, segundo a amostra, 56,2% dos recifenses não pretendem participar da folia de momo. Deles, 44,4% temem a violência no período carnavalesco.
 
Os que vão brincar o carnaval somam 38,7%. Entretanto, 65,9% destes também têm medo de atos de violência e da falta de segurança nos polos carnavalescos. Já 34,1% não temem a nada. A recente ameaça da Polícia Militar de fazer uma paralisação durante o Carnaval é um dos fatores que agravou o clima de insegurança na capital pernambucana.
 
Segundo 63,1% dos entrevistados, a polícia não está preparada para dar segurança aos foliões este ano. Para 38,5% deles, o fato se dá por conta do efetivo reduzido; 16,8% acreditam que falta capacitação dos PMs e 15,8% destacaram o alto índice de violência. Já 4,1% disseram que o motivo é a má remuneração da categoria; 3,8% pontuaram as más condições de trabalho e 3,1% a ausência do poder público.
 
Foliões preferem brincar no bairro do Recife
 
Na fatia dos 38,7%, 18,8% vão usufruir a festa no bairro do Recife, onde está localizado o palco principal das atividades na capital pernambucana. Outros 12,5% vão aproveitar os festejos nas ladeiras de Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR); 2,4% nos polos descentralizados; 2,4% em Bezerros, no Agreste de Pernambuco e 1,5% vão apenas para o Galo da Madrugada, bloco que desfila tradicionalmente aos sábados de Zé Pereira.
 
Já quanto aos ritmos que embalam a festa, o preferido pelos entrevistados é o frevo (44,9%), seguido pelo axé (9,9%); maracatu (9,2%); samba (6,6%); brega (4,1%); reggae, rock, pagode ou todos os ritmos aparecem com 1,3% de preferência cada. Dos entrevistados, 39,2% devem ir de ônibus; 28,6% de Uber; 12,1% de carro próprio ou carona; 4,8% de ônibus e metrô e 2,9% de táxi.
 
Investimentos no Carnaval
 
O Instituto de Pesquisas Uninassau, que foi a campo durante os dias 14 e 15 de fevereiro, também questionou aos entrevistados sobre quanto eles pretendem gastar no período. A maior parcela (43,5%) preferiu não estimar, mas 14,8% disseram que até R$ 100,00; 17,7% acima de R$ 100,00 até R$ 200,00 e 18,8% acima de R$ 200,00 até R$ 500,00.
 
Quanto os investimentos do poder público para patrocinar o Carnaval, 49,9% afirmaram que os órgãos devem investir na festa, mas não muito dinheiro e 37,3% pontuaram que não deveria ter verbas públicas para custear o evento. Em contrapartida, 10,6% disseram que os governos devem sim aplicar muito dinheiro para a folia.

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