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Religiosidade e tradição • 21/02/2017 - 02:12 • Atualizado em: 21/02/2017 - 10:40

Nações de Maracatu abrilhantam Olinda na Noite dos Tambores Silenciosos

Evento é uma manifestação de fé dedicado à religiosidade de culturas afro e os seus ancestrais

por Eduarda Esteves
Tradição: Nações de Maracatu abrilhantam a Noite dos Tambores SilenciososTradição: Nações de Maracatu abrilhantam a Noite dos Tambores SilenciososTradição: Nações de Maracatu abrilhantam a Noite dos Tambores SilenciososTradição: Nações de Maracatu abrilhantam a Noite dos Tambores SilenciososTradição: Nações de Maracatu abrilhantam a Noite dos Tambores SilenciososTradição: Nações de Maracatu abrilhantam a Noite dos Tambores SilenciososTradição: Nações de Maracatu abrilhantam a Noite dos Tambores SilenciososTradição: Nações de Maracatu abrilhantam a Noite dos Tambores SilenciososTradição: Nações de Maracatu abrilhantam a Noite dos Tambores SilenciososTradição: Nações de Maracatu abrilhantam a Noite dos Tambores SilenciososTradição: Nações de Maracatu abrilhantam a Noite dos Tambores SilenciososTradição: Nações de Maracatu abrilhantam a Noite dos Tambores SilenciososTradição: Nações de Maracatu abrilhantam a Noite dos Tambores SilenciososTradição: Nações de Maracatu abrilhantam a Noite dos Tambores SilenciososTradição: Nações de Maracatu abrilhantam a Noite dos Tambores SilenciososTradição: Nações de Maracatu abrilhantam a Noite dos Tambores SilenciososTradição: Nações de Maracatu abrilhantam a Noite dos Tambores SilenciososTradição: Nações de Maracatu abrilhantam a Noite dos Tambores SilenciososTradição: Nações de Maracatu abrilhantam a Noite dos Tambores SilenciososTradição: Nações de Maracatu abrilhantam a Noite dos Tambores SilenciososTradição: Nações de Maracatu abrilhantam a Noite dos Tambores SilenciososTradição: Nações de Maracatu abrilhantam a Noite dos Tambores SilenciososTradição: Nações de Maracatu abrilhantam a Noite dos Tambores SilenciososTradição: Nações de Maracatu abrilhantam a Noite dos Tambores SilenciososTradição: Nações de Maracatu abrilhantam a Noite dos Tambores SilenciososTradição: Nações de Maracatu abrilhantam a Noite dos Tambores SilenciososTradição: Nações de Maracatu abrilhantam a Noite dos Tambores SilenciososTradição: Nações de Maracatu abrilhantam a Noite dos Tambores SilenciososTradição: Nações de Maracatu abrilhantam a Noite dos Tambores SilenciososTradição: Nações de Maracatu abrilhantam a Noite dos Tambores Silenciosos
Dez maracatus participaram da 13ª edição da Noite para os Tambores Silenciosos, no Largo da Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, no Bonsucesso, em Olinda. Mantendo a tradição do batuque dos tambores e dos cânticos, o evento é uma manifestação de fé dedicado à religiosidade de culturas afro e os seus ancestrais. A cerimônia foi comandada pelo Mestre Afonso Aguiar, do Maracatu Leão Coroado.
 
A Noite dos Tambores teve início às 20h nos Quatro Cantos, de onde as nações de maracatu seguiram pela Rua do Amparo com destino ao Largo do Rosário dos Homens Pretos. No passado, a Igreja do Rosário, construída por escravos, era o local onde os negros tinham liberdade religiosa. Lá eram realizadas festas denominadas congos, no intuito de resgatar a tradição religiosa africana.
 
A festa é sempre realizada na segunda-feira da semana que antecede o Carnaval. Participaram do evento os maracatu Leão Coroado, Nação Camaleão, Nação Badia, Nação Axé da Lua, Maracatu Nação de Luanda, Maracatu Nação Maracambuco, Maracatu Nação Pernambuco, Maracatu Nação Estrela de Olinda, Maracatu Nação Tigre e o Maracatu Almirante do Forte, convidado especial desta edição. 
 
De acordo Cecília Canuto, uma das organizadoras do evento, a Noite dos Tambores Silenciosos é um momento que tem um significado especial para o Carnaval de Olinda e uma manifestação de fé. "Aqui, os maracatus pedem proteção pontualmente à meia-noite aos moradores de Olinda e ao público que vem assistir o evento", explicou Cecilia. 
 
Dançando em diversos maracatus há mais de 30 anos, Severina Maria, 70, a senhora com mais tempo no Maracatu Leão Coroado, conta que que é sempre uma felicidade participar da Noite dos Tambores Silenciosos. "Eu fico tão realizada que é muito difícil colocar isso em palavras. Eu amo o Carnaval e acho que há influências do meu santo também", disse ao Leiajá
 
Com muita mistura de sons e a singularidade de cada apresentação das nações da maracatu, pontualmente à meia-noite os tambores silenciaram. Ao mesmo tempo as luzes se apagam e os sinos da igreja tocaram. Na tradição, o momento representa uma homenagem aos negros que morreram na luta contra a escravidão. Após a celebração as nações retornam aos seus locais de origem.

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