Noite de domingo, em pleno Carnaval, e o Recife Antigo com público minguado. Esta é a realidade constatada por muitos foliões, habituados a seguirem troças pela Rua do Bom Jesus e verem as ruas do entorno do Marco Zero difíceis de trafegar de tanta gente.
"Não sei se as pessoas estão preferindo ir para outros lugares ou a questão é a crise, mas já vi tudo aqui mais lotado. Eu prefiro quando tem mais gente circulando e troças pra seguir", conta, ao LeiaJá, a enfermeira Cybele Dutra. Outro ponto observado pelo público é a diminuição de troças e blocos circulando pelo local. "Chegamos às 18h e até agora, cinco horas depois, só passaram duas troças por aqui", fala o engenheiro Jandson Basílio, enauqnto aguarda mais agremiações na Rua do Bom Jesus.
A desenhista Brenda Aragão expande a situação ainda mais: "Todas as ruas por aqui estão mais vazias e não apenas hoje. Ontem a situação também não era diferente". Perguntado ao grupo o motivo encontrado por eles para a baixa quantidade de pessoas, a justificativa foi a insegurança. "As pessoas estão com medo de roubos e arrastões e deve ter sido esse o motivo", explica a estudante Luane Queiroz.
A empresária Danielle Pereira acredita que "a ameaça da Polícia Militar de não ir às ruas pode ter afugentado muita gente, mas quem veio, além de sentir que tem menos gente, também vê que tem ainda menos troça". As jovens, mas já frequentadoras do Recife Antigo durante o Carnaval, sentem o baixo número de pessoas nas ruas. "Preferimos com mais gente, mas esse ano está nítido que não tem o mesmo público de antes", opina a estudante Karla. Suas amigas também apontaram para a falta de música e de blocos que comumente agitam o local.
Apesar de apontarem a insegurança como motivo da baixa adesão, os foliões demosntram tranquilidade. "O medo tomou conta das pessoas, mas chegando aqui a gente vê que dá pra brincar com tranquilidade. No entanto, por conta desse medo, estamos achando esse o ano mais fraco de público em relação aos últimos", descreve Jandson.
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