
Taxistas organizam um protesto na manhã desta quinta-feira (1º) no Grande Recife. O ato é uma resposta ao patrocínio da Uber ao Carnaval de Olinda, anunciado na última quarta-feira (31).
O roteiro planejado para a manifestação, com saída da altura do Classic Hall, na Avenida Agamenon Magalhães, é: Prefeitura de Olinda, Prefeitura do Recife e Palácio do Governo. A categoria alega que a presença massiva da Uber no Carnaval é desleal e prejudicará a mobilidade.
"O prefeito fala que houve licitação, mas a gente tentou vê-la e não conseguiu, tem que ser pública. Como foi esse acordo? Não somos contra o aplicativo, mas essa forma como está sendo feita a parceria é totalmente ilegal", diz Wellington de Lima, diretor da cooperativa dos taxistas de shoppings do Recife. Segundo Wellington, outro grupo de taxistas também está reunido para decidir que medidas judiciais serão tomadas.
A promessa é que, com o patrocínio, a Uber facilite o acesso de motoristas do aplicativo durante o período carnavalesco. Haverá pontos de acesso controlados por agentes de trânsito da prefeitura. O financiamento foi de R$ 1,2 milhão. Durante o anúncio, o prefeito Lupércio (SD) alegou que há espaço para taxistas e motoristas de transporte privado trabalharem.
Carnaval manchado de sangue - Os taxistas acreditam que o roteiro da carreata possa ser modificado devido a bloqueio da Polícia Militar. "Eles podem estar esperando o protesto após o áudio que circulou na quarta-feira". Wellington se refere a uma fala de um suposto taxista.
No áudio, o homem diz que o Carnaval de Olinda será manchado de sangue. "Toda responsabilidade de qualquer vítima que tiver é de seu Lupércio. Ele está promovendo a maior guerra já vista no Carnaval. É guerra e vai ser sangue porque ninguém vai trabalhar lado a lado com aplicativo clandestino", diz o áudio.
A Polícia Militar (PM) emitiu um posicionamento oficial. No texto, assinado pelo Comandante Geral, Vanildo Maranhão, a corporação repudia as declarações. De acordo com o diretor da cooperativa, o taxista foi identificado e levado à delegacia para esclarecimentos.
Comentários