Clicky

Festa • 03/02/2018 - 08:27 • Atualizado em: 03/02/2018 - 08:40

Cafusús e Rariús se encontram no baile de debutante do "I Love Cafusú"

Pelo 15º ano consecutivo, prévia carnavalesca engrandeceu a irreverência e caprichou nas fantasias

por Nicole Simões
Rafael Bandeira/LeiaJáImagensRafael Bandeira/LeiaJáImagensRafael Bandeira/LeiaJáImagensRafael Bandeira/LeiaJáImagensRafael Bandeira/LeiaJáImagensRafael Bandeira/LeiaJáImagensRafael Bandeira/LeiaJáImagensRafael Bandeira/LeiaJáImagensRafael Bandeira/LeiaJáImagensRafael Bandeira/LeiaJáImagensRafael Bandeira/LeiaJáImagensRafael Bandeira/LeiaJáImagensRafael Bandeira/LeiaJáImagensRafael Bandeira/LeiaJáImagens
O Baile de Debutantes do I Love Cafusú não poderia ser de outra forma. Comemorando seus 15 anos, a prévia carnavalesca cumpriu mais uma vez a sua missão e mostrou toda a irreverência carnavalesca dos foliões pernambucanos. Com muito capricho, o público também fez questão de entrar no clima da festa e se fantasiar de cafusús e rariús, um neologismo criado no Brasil, para referenciar os homens e mulheres que se vestem de forma mais despojada, colorida e brega; e que deu origem ao baile.  
 
A festa dos 15 anos, que aconteceu no Clube Internacional, foi comandada pela cantora Tati Quebra Barraco, a banda pernambucana Musa e o grupo Olodum. No salão, cafusús e rariús se encontram para dessa vez não dançar a famosa valsa, mas sim muito funk, brega e batuque.  E apesar de muita gente considerar o evento como uma ironia às pessoas de classe baixa, quem acompanha todos os anos a prévia, acredita que, na verdade, o baile é um dos mais puros e extrovertidos.  
 
"O I Love Cafusú é um baile que já criou história dentro do Carnaval pernambucano. É um baile diferenciado, que tem um pouco de tudo. Acho que todo espetáculo da festa é porque é um baile muito família. Eu acho que a questão das pessoas virem 'bregas' está muito ligado a desvalorização do ritmo daqui, como se o gênero tivesse apenas uma relação com as pessoas da periferia. Muita gente não vê que o Brega atinge a todas as classes sociais ", comenta Sandro Rogério, que é professor e foi vestido de hippie nordestino para o baile.  
 
Sandro acredita que esse preconceito precisa acabar. "É um preconceito que já não tem mais porque existir. O Brega já é um ritmo bastante presente na cultura do nosso Estado", afirma. Anelíse Lucena também pensa da mesma forma. "É Carnaval, não importa sua cor, gênero ou classe social. A gente está aqui para se divertir, independente se você vier feio ou bonito", ressalta.  
 
Na fantasia de Sandro, a inspiração de 2018 veio lá de trás, dos anos 70. Apelidados por ele mesmo de "Hippies Nordestinos", o professor escolheu juntamente com o amigo estampar a fantasia com o tecido da chita, para referenciar o nordeste. 
 
 

Comentários