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Tumaraca • 09/02/2018 - 08:52 • Atualizado em: 09/02/2018 - 08:53

Apesar do pequeno público, encontro de maracatus fez bela festa no Marco Zero do Recife

Evento que por 16 anos abriu o Carnaval do Recife desta vez encerrou as atividades pré-carnavalescas nessa quinta (8)

 

por Paula Brasileiro
Chico Peixoto/LeiaJáImagensChico Peixoto/LeiaJáImagensChico Peixoto/LeiaJáImagensChico Peixoto/LeiaJáImagensChico Peixoto/LeiaJáImagensChico Peixoto/LeiaJáImagensChico Peixoto/LeiaJáImagensChico Peixoto/LeiaJáImagensChico Peixoto/LeiaJáImagensChico Peixoto/LeiaJáImagensChico Peixoto/LeiaJáImagensChico Peixoto/LeiaJáImagensChico Peixoto/LeiaJáImagensChico Peixoto/LeiaJáImagensChico Peixoto/LeiaJáImagensChico Peixoto/LeiaJáImagensChico Peixoto/LeiaJáImagens

Ficou sob a responsabilidade das nações de maracatu de baque virado encerrar a semana pré-carnavalesca do Recife, nesta quinta-feira (8). O 'Tumaraca - Encontro das Nações' reuniu cerca de 700 batuqueiros de 13 diferentes maracatus, na praça do Marco Zero, para uma noite de muito batuque e tradição. Pela primeira vez, em 16 anos, a reunião é realizada fora da abertura oficial do Carnaval da cidade. O público presente era pequeno, mas os populares observavam atentamente tudo o que acontecia no palco.

O trânsito intenso do fim da tarde atrapalhou algumas nações a chegarem no Bairro do Recife no horário estipulado, o que comprometeu o início do espetáculo que se deu mesmo sem a presença de todas as nações. Integrantes das agremiações também reclamaram da apresentação em pleno dia útil, muitos com trabalhos em horário comercial tiveram dificuldade de chegar ao local. Mas, apesar dos contratempos, o evento transcorreu sem maiores problemas. “Nosso ônibus acabou ficando preso no trânsito, mas conseguimos chegar e abrilhantar ainda mais esse Carnaval", disse Thiago Nagô, batuqueiro do Estrela Brilhante do Recife. Para ele, apesar da mudança no dia do encontro das nações, o evento continua sendo importante para fortalecimento dos grupos: “Eu acredito que a gente só tem a  crescer e desenvolver essa união entre as nações”.

Os maracatus foram acompanhadas por músicos locais além do coral Voz Nagô. O rapper Zé Brown rimou junto às batidas dos tambores e a cantora Isaar emprestou a doçura da sua voz ao peso das alfaias. Também no palco, os mestres de cada nação entoaram loas de seus maracatus acompanhados de todos os batuqueiros formando um baque único.

O grupo Bongar cantou uma canção especialmente composta para a ocasião. Na letra, Guitinho, líder do grupo vindo da comunidade Xambá, exaltava a força da cultura negra. Para ele, este é um momento de “ressignificação e reconstrução”. “Existe de certa forma um vazio mas que é preenchido com a  energia e a força que sempre a cultura negra tem. A gente tem que entender que o maracatu é algo muito forte, pertencente a todos nós, e que ele cabe em qualquer espaço. Isso é herdado, a dignidade da gente tocar”.

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