Figuras do Carnaval já ocupam o Recife à espera da folia

Ana Tereza Moraes/LeiaJáImagens (José usa tampas de garrafa pet para se colorir no Carnaval )

O Carnaval do Recife terá sua abertura oficial na noite desta sexta-feira (9), Dia do Frevo. Por conta disso, a noite será toda voltada ao ritmo, com apresentações de Jota Michiles e Nena Queiroga, os homenageados deste ano, que trarão ainda convidados como Lenine, Elba Ramalho e Geraldo Azevedo.

Na cerimônia, estarão presentes, além das atrações musicais, figuras tradicionais do Carnaval, como o Rei Momo e a Rainha, majestades da noite. “A expectativa é a melhor possível. Já havia participado de outras aberturas do Carnaval como passista, que é o que faço, mas essa será a primeira vez como Rainha da festa. Espero que seja um Carnaval de muita alegria”, afirma Sabrine Feliciano, de 18 anos, que venceu o título em sua primeira vez na concorrência.

Renato Queiroz, de 25 anos, o primeiro negro a assumir a coroa no Recife, conta que, ao contrário da sua parceira da realeza, nunca participou de nenhuma abertura, e está ansioso para a estreia. “O Carnaval é uma época muito bonita, cheia de cor, cheia de luz. Espero que as pessoa saiam de casa com o sentimento realmente de brincar, um sentimento de paz, para que tudo seja maravilhoso”.

Figura conhecida por muitos foliões, José Flaviano Fonseca, o ‘tampa do Carnaval’, também está animado, principalmente por conta da homenagem ao frevo. “Sou pernambucano de sangue, trago esse amor de muitos anos, antes até da fantasia”, diz ele, referindo-se a roupa de tampinhas que usa há mais de 20 anos e o tornou popular pela cidade. Mesmo com o tempo chuvoso, José esteve na Ponte Duarte Coelho durante a manhã desta sexta-feira, assim como outros foliões, para conferir de perto a montagem do Galo da Madrugada, e promete marcar presença também nos restantes dos dias, faça chuva ou faça sol.

“O Carnaval daqui é o melhor do Brasil, não existe outro não. Não precisa nem explicar o porquê, é simplesmente maravilhoso, a gente vê de cara. Tem frevo, maracatu e toda a mistura, e eu não o troco por nada”, afirma José, enaltecendo a festa do Recife. “Nós devemos o Carnaval ao povo, sem o povo não tem Carnaval. São eles que saem de casa, vestem as ruas de cores, trazem alegria, reverenciam a cultura que nós temos, que é tão rica, e essa é a base do Carnaval de rua do Recife: o povo”, completa Renato.