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de todo jeito • 10/02/2018 - 13:13 • Atualizado em: 10/02/2018 - 13:15

Camarote vs. 'pipoca': foliões curtem o melhor dos dois mundos no Galo

A agremiação tem visto o número de camarotes presentes no seu circuito crescerem cada vez mais

por Ana Tereza Moraes
Algumas pessoas vão se dividir entre os dois espaços Ana Tereza Moraes/LeiaJá Imagens (Algumas pessoas vão se dividir entre os dois espaços)

O Galo da Madrugada é conhecido por ser o maior bloco de rua do mundo. Apesar do ‘título’, a agremiação tem visto o número de camarotes presentes no seu circuito crescerem cada vez mais. Ainda sim, a quantidade de foliões nas ruas permanece sempre assustadoramente grande, fazendo jus à colocação do bloco no livro dos recordes.

Há pessoas que já vivenciaram os dois lados da experiência, como o médico Flávio Lima de Souza. “Sou do camarote e da rua, curto as duas opções. Esse ano optei por comprar um camarote por questões de segurança apenas. O ideal seria que o governo garantisse a segurança e a paz para os foliões, mas como isso não é possível ainda, me divido entre um tempinho pela rua e depois subo para ficar no camarote”, explica, afirmando que assim pode curtir o melhor dos dois mundos.

O cabeleireiro Nilson Leite também veio este ano para um camarote, mas garante que prefere a ‘pipoca’: “Essa é a primeira vez que não vou ficar nas ruas, mas só porque o pessoal que veio comigo preferiu ir, fui voto vencido. Mesmo assim, ainda prefiro a alegria das ruas, muito também pela minha origem, desde os 17 e 18 anos acompanhando trios elétricos, eu prefiro sempre estar no chão”.

Ivanilda da Costa já ficou afastada do Galo da Madrugada por muito tempo, por medo de ir às ruas e se deparar com violência ou confusões. Há 5 anos atrás, no entanto, ela perdeu esse medo e resolveu encarar a multidão. Desde então não deixou mais de acompanhar o bloco de perto, seguindo os trios diretamente do chão. Ela e seu cunhado, José de Melo, já experimentaram o camarote uma vez e aprovaram a experiência, mas garantem que, independente de onde seja, o importante é curtir a folia.

“Desde a adolescência eu venho ao Galo, fui para o camarote no ano passado e gostei da comodidade e segurança. Mas algo no chão ainda me atrai muito, então não me importo de ficar no meio da multidão. A questão pra mim é vir ao Galo e ponto, seja do jeito que for”, conclui.

 

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