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Escola de Samba • 23/02/2019 - 15:23 • Atualizado em: 23/02/2019 - 15:49

Passista é impedida de desfilar por causa de tatuagem de Bolsonaro

Escola de Samba Unidos de Vila Maria disse não compactuar com manifestações políticas durante desfile

por Jorge Cosme
Tatuagem feita pela passista após as eleições Reprodução/Instagram (Tatuagem feita pela passista após as eleições)

A escola de samba de São Paulo Unidos de Vila Maria impediu uma passista de desfilar este ano no Sambódromo do Anhembi. O motivo: Érika Canela, de 27 anos, tem uma tatuagem do presidente Jair Bolsonaro (PSL).

A mulher contou que o caso aconteceu após ela dar uma entrevista dizendo que mostraria a tatuagem na avenida. “Fui muito discriminada por isso, me xingaram”, disse ao Yahoo. Ela complementou: “Soube que a Liga das Escolas de Samba teria entrado em contato com a Vila Maria, falando que eu não poderia desfilar. Aí a escola entrou em contato comigo e resolvemos que não vou mais desfilar. Não quero prejudicar a Vila Maria de forma alguma”.

Erika, que é integrante da escola há três anos, diz ter sido vítima da “intolerância das pessoas”. “Estou realmente triste com as pessoas que me criticaram e que causaram tudo isso. É muita intolerância por conta de uma tatuagem”, comentou para o Yahoo.

O desenho foi feito após a vitória de Bolsonaro nas eleições de 2018. A passista afirma que não quer apagar a tatuagem e que no próximo ano deve voltar à avenida: “As pessoas vão estar mais tolerantes e acostumadas com ele como presidente”, ela acredita.

A escola de samba Unidos de Vila Maria confirmou o impedimento. Segundo a agremiação, nenhuma manifestação política é compactuada durante o seu desfile. “A nossa Verde, Azul e Branca zela pela alegria, irreverência e cidadania de seus componentes. Visto que há mais de 16 anos oferece a sua comunidade diversos atendimentos sociais que já beneficiaram mais de 160 mil pessoas carentes. Unidos de Vila Maria, muito além do Carnaval”, afirmou para a imprensa.

 

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