Clicky

bloco • 24/02/2019 - 13:38 •

Criatividade sem limites no concurso das Virgens do Bairro Novo

Uma multidão mais uma vez foi prestigiar o bloco em que homens se vestem de mulher

por Stefannia Cardoso
Chico Peixoto/LeiaJáImagensChico Peixoto/LeiaJáImagensChico Peixoto/LeiaJáImagensChico Peixoto/LeiaJáImagensChico Peixoto/LeiaJáImagensChico Peixoto/LeiaJáImagensChico Peixoto/LeiaJáImagens
 
Na manhã desse domingo (24), aconteceu o 66° desfile das Virgens do Bairro Novo, em Olinda. O tradicional bloco é marcado pelo concurso de fantasias em que a irreverência toma conta da avenida. A competição é dividida nas categorias: mais sapeca, mais tímida, mais 'malamanhada', destaque, originalidade, luxo e grupo.
 
O bloco anunciou as vencedoras às 12:50h, dando início ao cortejo com trios elétricos. Segundo um dos diretores do bloco, Heuber Pessoa, o trajeto tem 1,5km.
 
Tem alegria, mas tem reclamação também
 
A reportagem flagrou alguns participantes do bloco reclamando de falta de organização, e outros comentando que houve uma queda no número de pessoas acompanhando as Virgens, "A tradição de ser vestir de virgem está acabando, antes o meu grupo saia fora do cordão, hoje não podermos mais, a violência tá maior", conta o assistente social Flávio Torres, que todo ano se desloca de Bezerros para marcar presença no desfile do bloco.
 
Heuber Pessoa afirma que a falta de organização é devida a quantidade de pessoas que querem ficar dentro do cordão de isolamento do bloco, principalmente durante o concurso de fantasias. Também segundo o diretor, o bloco teve um número de 150 inscritos para o concurso de fantasias e prevê um número de aproximadamente 400 mil pessoas acompanhando o desfile.
 
Para o ganhador do prêmio da categoria 'Mais malamanhada', a Cigana Peregrina Uapuã revela: "O bloco nem é forte nem é fraco, é um teatro masculino onde a irreverência das fantasias dos homens é o que importa, eu desfilo faz 40 anos nas Virgens do Bairro novo e o bloco é isso!", conta o pintor, que desde dos 20 anos participa da brincadeira.

Comentários