Turistas em Olinda: a paixão pelo sobe e desce das ladeiras

Em Olinda, durante o Carnaval, não é muito difícil encontrar turistas que se apaixonaram pelo sobe e desce das ladeiras da cidade, ou aqueles que querem sentir pela primeira vez como é. Por isso, Sérgio Roberto, 47 anos, e Asnobia Pires, 45 anos, voltaram para brincar o Carnaval olindense pela quarta vez consecutiva, trazendo vários amigos e familiares para provarem do mesmo sabor que eles durante os festejos de momo.

Diretamente de Natal, Rio Grande do Norte, o casal veio acompanhado por mais cinco pessoas, aumentando o número de turistas espalhados pelas ladeiras do Centro Histórico. “A primeira vez que nós viemos, gostamos muito da receptividade do povo e da alegria”, assegura Sérgio.

“O Carnaval de Natal hoje está um pouquinho melhor. Eles agora estão colocando blocos na rua e, neste ano, eles até colocaram Carlinhos Brown (cantor), mas nada que se compare ao Carnaval daqui. Olinda é tudo”, afirma Asnobia Pires.

Natural do Ceará, Gabriel Firmino Gadelha, 23 anos, foi convencido pelo olindense e grande amigo Paulo Roberto, de 23 anos, a trocar a cama de casa pela folia. “Eu nunca brinquei o Carnaval porque eu não gostava. Ouvia muito falar, mas nunca tive uma galera pra ir junto. Neste ano, meu amigo me instigou e acabei vindo”, acentua Gabriel.

Segundo o seu amigo Paulo, não foi tão difícil convencer o cearense. “Falei pra ele que o Carnaval daqui era muito legal, irreverente, muita gente com fantasia e ele topou”, diz.

Agora, Gabriel Firmino dá até palpites. “O carnaval de Olinda é muito dinâmico, já em Recife é muito estático. No Recife Antigo você tem que ficar parado num lugar, esperando o show. Já nas ladeiras de Olinda é diferente, se você não gostou de onde está pode procurar um que lhe agrade”, compara.

Na noite desta sexta-feira (1), em pleno segundo dia oficial de Carnaval na cidade de Olinda, muitos turistas ainda chegavam para se alojar nas casas alugadas por eles para a temporada. Michele Bastos, 25 anos, veio diretamente de Salvador, Bahia, trocando a "pipoca" e os abadás pela energia das tradicionais ladeiras. “Essa é a primeira vez que venho para cá e estou numa expectativa maravilhosa. Quem não conhece o Carnaval de Pernambuco? Via muito pela internet e televisão, tanto que agora estou aqui disposta a gastar toda a minha energia”, finaliza.