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Mistura • 02/03/2019 - 01:35 • Atualizado em: 02/03/2019 - 06:13

Passinho e brega-funk se unem com o Frevo na abertura do Carnaval do Recife

Caju e Castanha, Mc Bruninho, Michelle Melo, Kelvis Duran foram algumas atrações da noite

por Stefannia Cardoso
O brega se juntou ao frevo na abertura do Carnaval do Recife 2019 Rafael Bandeira/ LeiaJa Imagens (O brega se juntou ao frevo na abertura do Carnaval do Recife 2019)

A abertura do Carnaval do Recife 2019 foi, literalmente, marcada pela união de todos os ritmos que estão presentes no cotidiano dos recifenses. Na noite destra sexta (1), a praça do Marco Zero foi palco de um espetáculo com aproximadamente uma hora e meia de duração, que juntou tudo. 

O show fez referência aos ritmos afro, exaltando a influência da cultura negra em nossa cultura, com a participação de Lucas do Prazeres, um dos homenageado do Homem da Meia-Noite nesse ano, “Não há nada de errado com a nossa etnia”, ressaltou Lucas no final de sua apresentação.

O espetáculo teve Cabloquinhos e Cablocos de Lança embalados ao som tecnológico de um DJ, além da embolada de Caju e Castanha, sendo representados por bailarinos que também faziam em sua coleografia a dança conteporânea. A hora mais aguardada da noite, a mistura do frevo com o brega, trouxe ao palco nomes como MC Bruninho, Michelle Melo e Kelvis Duran, com releitiuras de clássicos do frevo. 

Em conversa com o LeiaJá, o diretor musical do show, César Michiles, filho do compositor pernambucano J Michiles, falou sobre a diversidade representada no palco e a emoção do dever cumprido: "Descarregou (risos), agora é relaxar! Foi uma quebra de paradigmas, mas respeitando as tradições, misturando com outros ritmos, uma união de pessoas com a arte, a união que a gente tem que fazer", contou, ao recebeu os elogios do pai. "Ele foi o primeiro a falar comigo, no começo ele achava loucura, hoje ele aplaude", revelou César.

O samba também teve vez no palco e foi representado pela escola recifense Gigante do Samba. A inclusão e representatividade foram pontos de destaque no show de abertura, crianças com microcefalia estiveram presentes no palco, fazendo parte da festa. Quem trabalha também teve seu reconhecimento, os garis entraram no show, num verdadeiro bloco amarelo.

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