Blocos com nomes engraçados fazem sucesso na folia

A festa mais popular do Brasil se aproxima e a criatividade dos idealizadores da maioria dos blocos carnavalescos que desfilam pelas ruas das grandes cidades parece mandar mais que o Rei Momo no Carnaval. Com o bom humor apurado, os nomes dos cordões compostos por foliões também ajudam a chamar a atenção de outros membros que virão a somar com o grupo na diversão durante a celebração tradicional de fevereiro. O LeiaJá foi buscar algumas denominações curiosas e engraçadas que animarão o povo na folia do Recife, do Rio de Janeiro e de São Paulo.

Na capital pernambucana, entre as mais de 2,7 mil apresentações para os festejos de Carnaval, estão shows de artistas como Elza Soares, Jorge Aragão, Gaby Amarantos e Lenine. Mas a tradição dos blocos não deixará de ocupar as ruas de Recife e Olinda. Conhecidos em todo o Brasil, nomes como “Galo da Madrugada” e “Bacalhau do Batata” dividem as atenções da diversão com o bom humor dos cordões “Dita Curva”, “Quem tem Cooler tem medo”, “Ciroula de Olinda”, “Minha Cobra”, “Sindicato dos Insaciáveis” e “As Pregas de Odette”.

No Rio de Janeiro, além dos tradicionais desfiles das escolas de samba e dos blocos mais famosos como o Cordão da Bola Preta e a Banda de Ipanema, há os grupos que receberam nomes curiosos para desfilar alegria pelas ruas cariocas. No Leblon, o “Imaginô? Agora amassa!” fundado em 2002, completa a maioridade no Carnaval 2020. Já o “Só o Cume Interessa”, criado por montanhistas do bairro da Urca, é a atração para quem quer atingir o ponto mais alto dos festejos. No bairro do Jardim Botânico, o “Suvaco do Cristo” vai para o 34º desfile da história. Com uma roda de samba animada, o bloco “Molha o Pé das Oito” gere a folia no Centro da capital fluminense.

Já na maior cidade do Brasil, que ganhou destaque por ser o destino mais procurado para o Carnaval 2020 segundo o Guia Gay, a festa comandada pelos blocos de rua também é atração. Além de “importar” símbolos tradicionais da folia como o “Bicho Maluco Beleza” de Alceu Valença, os foliões da "selva de pedra" também trabalharam a criatividade.

Pelas ruas de São Paulo devem passar blocos como o “Arrianu Suassunga”, que homenageia a obra de Ariano Suassuna (1927-2014) e a cultura genuína do estado de Pernambuco no bairro de Pinheiros; na Vila Madalena, o “Sotero-Paulistano” homenageia as micaretas de Salvador; também na zona oeste, o “Achados In Perdizes” e o “Pitbull Banguela” animam as ruas da região; o “Siga Bem, Caminhoneira” que recebe lésbicas e bissexuais no bairro da Bela Vista; o “Minhoqueens” com as Drag Queens do Centro; o “Vá Tomá na Cupecê”, na importante avenida do Jabaquara e o “Amoribunda” que faz sua concentração atrás do Cemitério da Vila Mariana, ambos na zona sul. Já no tradicional bairro da Mooca, o “Moocalor, Mêo!” enaltece o sotaque com muito samba e marchinha. A zona norte destaca o “RitaLeena”, que homenageia a cidade de São Paulo com a sua mais completa tradução, segundo Caetano Veloso: a cantora Rita Lee.