
O secretário estadual de Saúde, André Longo, reforçou o alinhamento entre unidades de saúde públicas e privadas na prevenção do coronavírus em Pernambuco. Em coletiva realizada no Sindicato dos Hospitais, Clínicas, Casas de Saúde e Laboratórios (Sindhospe), área central do Recife, ele atenuou o risco de contágio através da comunidade chinesa local e afirmou que não há recomendações especiais para o Carnaval.
Mesmo com a tensão global, Longo esclareceu que ainda não houve dimensionamento de leitos para a possibilidade de uma epidemia. “A gente não tem sequer nenhum caso confirmado no Brasil, nenhum caso suspeito em Pernambuco. Então, a gente tem que ter calma e não sabe nem se eventualmente vai ser necessário”, pontuou na manhã desta terça-feira (4). Ainda assim, o secretário destaca que o Hospital Universitário Oswaldo Cruz e o Correia Picanço são as referências no Estado e estão prontos para receber possíveis suspeitas.
Tendo em vista que, em sua maioria, turistas que retornaram da China possuem plano de saúde, Longo acredita que “há uma possibilidade da porta de entrada em Pernambuco ser através de uma instituição privada”. O presidente do Sindhospe, George Trigueiro, frisou que “quem tem condições de viajar para a China são pessoas com um certo poder aquisitivo [...] Se imagina que as pessoas têm plano de saúde. Por isso os hospitais privados devem estar preparados”.
Sobre a comunidade chinesas que reside no Estado, sobretudo, no Centro do Recife, Longo adota uma postura semelhante de prevenção. “O chinês daqui é igual ao brasileiro. Então, se ele não viajou para a China [recentemente], não tem que ter nenhum tipo de preocupação”, declara. Ele orienta atenção redobrada aos sintomas gripais, pessoas que tiveram contato com casos suspeitos ou que retornaram do foco do contágio em 14 dias. Para conter o coronavírus, medidas preventivas como a “detecção precoce, isolamento adequado e coleta sanguínea para a confirmação” serão adotadas, explica.
Com início das prévias carnavalescas e a facilidade de dissipação da doença viral devido a chegada de estrangeiros e a aglomeração de pessoas, o secretário garante que a rede de saúde está preparada para qualquer intercorrência. “Não há nenhuma recomendação especial em relação ao Carnaval [...] Normalmente não temos um grande fluxo de pessoas vindas da China, mas estaremos preparados para qualquer intervenção que seja necessária”, apontou.
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