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Pernambuco • 24/02/2020 - 21:52 • Atualizado em: 24/02/2020 - 21:53

Pernambucanos brilham no desfile das escolas de samba do Rio

Moradores de São José de Belmonte, cidade sertaneja, participaram do desfile da 'Paraíso do Tuiuti'. Eles celebraram os 28 anos de “Cavalgada à Pedra do Reino”

 

por Maya Santos
Belmontenses na ala 'Cavalgada de São José do Belmonte'Belmontenses na ala 'Cavalgada de São José do Belmonte'Belmontenses na ala 'Cavalgada de São José do Belmonte'Belmontenses na ala 'Cavalgada de São José do Belmonte'

Nesse domingo (23), como esperado, os moradores de São José de Belmonte, município localizado no Sertão de Pernambuco, representaram a cultura local no desfile da escola de samba Paraíso do Tuiuti, no Rio de Janeiro. Os belmontenses participaram da ala 'Cavalgada de São José do Belmonte', evento que coroa a cultura popular que resiste há quase 28 anos em solo sertanejo.

A atividade remenora a uma das tradições mais fortes ainda preservadas no mundo, a 'Cavalgada à Pedra do Reino', que é realizada no município de São José de Belmonte anualmente. A idealização da festividade é uma parceria entre a Associação Cultural Pedra do Reino (ACPR), Prefeitura Municipal de São José de Belmonte e Governo de Pernambuco.

Segundo Débora Cavalcante de Moura, escritora nascida na cidade pernambucana, autora de três livros sobre a história da Pedra do Reino e participante do desfile, o momento foi “uma rememoração do sebastianismo, aos moldes sertanejos". Ela acrescentou:  "É um caldeamento das culturas indígena, negra e ibérica. Vale a pena conhecer! A Paraíso da Tuiuti entendeu o valor da nossa cultura e mostrou ao mundo”.

A escola Paraíso do Tuiuti, fundada em 1954, em seu samba enredo ‘O Santo e o Rei’, contou a história de "dois Sebastiões" durante o desfile: o rei português que desapareceu no século 16, Dom Sebastião, e o santo padroeiro do Rio de Janeiro, São Sebastião. A escola explorou as lendas em torno de Dom Sebastião, que “navegou” mar adentro, além de mostrar as lendas brasileiras que transformaram o personagem em um mito. O último carro simboliza um grande altar para São Sebastião, com uma imagem enorme do padroeiro, que puxa um cortejo no final do desfile. A escola ainda recorda a todos que, no dia 20 de janeiro, é a data da celebração à existência e à história dos “dois Sebastiões”.

 

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